HÍPICA DO CONVENTO DE SÃO DOMINGOS

Azeitão – Portugal

O Convento de São Domingos foi construído no ano de 1435, através de iniciativa do Rei de Portugal, D. Duarte e sua mulher, a Rainha Da. Leonor, a conceder autorização ao Frei João de Santo Estevão, para abrigar os frades da Ordem dos Pregadores de São Domingos, voltados aos estudos bíblicos e à divulgação da religião cristã, a observar a regra rigorosa de evitar as ostentações que prejudicavam a imagem de outras congregações religiosas da época.

A sua traça original está mantida até hoje, contendo a Capela de Nossa Senhora da Piedade, as celas de habitação e estudos dos frades, refeitórios e cozinhas, bibliotecas, salas de estudos, dependências de atendimento público e da administração geral, tudo em arquitetura despojada, com paredes forradas em paineis de azulejo pintados manualmente e tetos abobadados de tijolos e madeira, exibindo ainda raros exemplares de cantaria em granitos entalhados e outros acabamentos típicos da época, a constituir o mais puro exemplo da forma de construção em arcos auto-portantes, que tanto enriquece o patrimônio histórico de Portugal.

Já no início de sua existência, o Convento de São Domingos contava com instalações de cavalariças e equipamentos para a atrelagem e o adestramento de equínos, a se desenvolver expressivamente nessa área nos séculos que se seguiram e a abrigar tradicionais certames hípicos das mais diversas modalidades internacionais, a representar ponto de referência de cavaleiros e criadores, de molde a se inserir na história do cavalo na Europa e no mundo, em parceria com o ser humano.

A Hípica do Convento de São Domingos é a resultante desta evolução das atividades equestres que foram semeadas nas eras passadas, a atualizar essas atividades à vida do homem moderno, nomeadamente dos esportistas e aficcionados deste setor, bem assim a despertar o interesse cultural de estudiosos em arte e arquitetura, representando ainda importante monumento turístico.

A sua estratégica localização facilita o acesso de pessoas e animais de cavalaria, beneficiada pela proximidade do Parque Nacional da Arrábida, antiga e preservada reserva ecológica, e das praias de Sesimbra, Tróia e Setúbal, que convidam ao lazer, mesclados com a especialidade local centenária da cultura e produção dos mais famosos vinhos finos de mesa, o que marcou este território como preferido pela nobreza lusitana.